Amigos da Terra Brasil em solidariedade à companheira Azul Cordo

A companheira jornalista Azul Cordo, comunicadora da Radio Mundo Real e integrante do grupo REDES – Amigos da Terra Uruguai, está sendo perseguida e atacada.

Após escrever uma reportagem para o portal Brecha – portal de publicação jornalística independente de esquerda, fundada em 1985, em Montevidéu/Uruguai – sobre o caso de um homem que perdeu o poder familiar sobre sua filha por “costumes depravados, maus tratos e abandono do dever de cuidado e vigilância”, Azul foi bombardeada por mensagens violentas e ameaças virtuais em suas redes sociais. As mensagens foram disparadas por integrantes da Stop Abuso Uruguay, uma organização conservadora que segue o discurso do fim da alienação parental, o que, na realidade, é uma campanha que vulnerabiliza mulheres e crianças.

O ataque por parte do grupo Stop Abuso Uruguay para com a companheira Azul ocorre ao fato de que o artigo publicado relata e expõe uma das violências cometidas por um dos integrantes do grupo. Em nota divulgada pelo portal Brecha, salienta que o eixo do discurso do Stop Abuso Uruguay não apenas ignora as desigualdades de gênero como parte da estrutura social, mas também rejeita o progresso legal.

Esse tipo de ação não ataca apenas Azul, mas ataca todas as mulheres, ataca todas as mães e crianças, ataca o direito de liberdade de imprensa, ataca as mulheres comunicadoras e lutadoras, o que também reflete a sociedade capitalista e patriarcal predominante. Nossas sociedades foram organizadas principalmente para maximizar a acumulação de capital através da mercantilização da natureza, de nossos territórios e dos nossos corpos.

Nós, da Amigos da Terra Brasil, repudiamos os ataques e manifestamos nossa solidariedade à companheira Azul Cordo e todas às comunicadoras que são perseguidas pelo seu trabalho de disseminar as lutas e resistência das mulheres. A luta para desmantelar o patriarcado e todas as estruturas de opressão é crucial para a mudança de sistema e ocorre no nosso cotidiano. Lutamos para nos libertar do patriarcado e de todas as formas de opressão que exploram e desvalorizam as mulheres, os povos e a Natureza.

Seguiremos em luta pela justiça ambiental e até que todas juntas desmatelemos o patriarcado e sejamos livres!

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